A má utilização de produtos agrotóxicos pode causar sérios danos ao ambiente e à saúde do agricultor. O uso das substâncias no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, de acordo com um levantamento realizado em 2009 pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além disso, um estudo desenvolvido em parceria pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Caxias do Sul (UCS) comprovou que a exposição a agrotóxicos pode causar alterações no DNA.
Os resultados das pesquisas reforçam o alerta a agricultores: a utilização de equipamentos de proteção é imprescindível no campo.
Ao lidar com as substâncias químicas, é preciso estar atento a uma
série de cuidados para prevenir problemas de saúde como impotência,
depressão e, até mesmo, abortos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária produziu uma cartilha sobre cuidados com agrotóxicos. O guia contém dicas de compra, armazenagem e manipulação. Confira:
As carnes, o leite, os ovos e pescados
consumidos pelos brasileiros estão, quase que em sua totalidade, de
acordo com os padrões de conformidade determinados pelo Plano Nacional
de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal). O alto índice
foi apontado pelo monitoramento do programa em carnes (bovina, suína,
eqüina, de avestruz e de aves), leite, ovos, mel e pescado, realizado
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De
19.267 análises realizadas em 2011, 99,78% foram consideradas
conformes. O índice é semelhante ao registrado em 2010: 99,83%. Apenas
42 amostras – 0,22% do total – apresentaram irregularidades. O principal
problema encontrado foi o alto índice de detecção de arsênio em pescado
de captura, diagnosticado em 18 casos. Os resultados foram divulgados
por meio da Instrução Normativa nº 7, publicada no Diário Oficial da
União (DOU), no dia 5 de abril.
O Mapa monitora
a quantidade de resíduos de produtos veterinários aplicados nos
alimentos pelos produtores rurais, como antimicrobianos e vermífugos. O
Ministério identifica também se os produtores estão obedecendo às
recomendações de uso aprovadas e disponíveis na bula do medicamento.
Os
casos de não conformidade identificados serão comunicados aos setores
produtivos responsáveis. A partir da comunicação, deverão desenvolver
ações para diminuir o risco de novas ocorrências dessa natureza,
conforme está previsto pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária (Suasa).
No ano passado, o
monitoramento do número de antimicrobianos em leite foi ampliado e
estendeu-se para a carne de avestruz, além de ter sido promovida uma
estruturação para as espécies caprina e ovina. Neste ano, mais dois
Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) – em Goiás e no Pará –
passaram a participar das análises laboratoriais do PNCRC/Animal. Agora,
o Programa conta com Lanagros em todas as regiões do país e mais seis
laboratórios (públicos ou privados) credenciados. Estão previstos R$ 6
milhões para custear as análises do programa de monitoramento e
capacitar técnicos e profissionais envolvidos na iniciativa em 2012.
Os
campos profissionais de futebol são munidos de sistemas de drenagem
para evitar que fiquem encharcados, favorecendo as condições de jogo e
prolongando a conservação do gramado. Existem diversos layouts e
sistemas de drenagem de gramados. A grande maioria dos estádios utiliza
tubos em "espinha de peixe" com escoamento da água por ação da gravidade
- um sistema subsuperficial complexo que emprega subcamadas drenantes e
tubos perfurados. Mas existem, também, sistemas pressurizados (a vácuo,
com pressão negativa nos drenos para acelerar a drenagem), com colchão
drenante, entre outros. Os tubos podem ser dispostos de formas variadas,
com um layout em linhas paralelas, por exemplo. Confira um sistema
típico de drenagem, feita por meio da ação da gravidade e com tubos
dispostos como "espinha de peixe".
1) Dimensionamento
O
dimensionamento do sistema de drenagem leva em conta diversas
características, como a permeabilidade e condutividade de água do solo
base, a forma de plantio da grama (tapete, plugs ou sementes, por
exemplo) e os índices de chuva (intensidade, duração e assiduidade). São
consideradas, também, a forma de uso do gramado (jogos ou treinos, por
exemplo) e a frequência. Um bom projeto de drenagem não é feito para
garantir boas condições de jogo em toda e qualquer circunstância - caso o
dimensionamento fosse feito para cobrir exceções, haveria prejuízos
para as condições do campo em situações mais comuns.
2) Drenagem superficial
A
drenagem é feita superficialmente por conta do nivelamento do campo. É
admitido e desejado um leve caimento no gramado, em que o ponto mais
alto é o centro do campo. O desnível normalmente não ultrapassa 1%.
3) Drenagem subsuperficial
Em
um sistema usual de drenagem, a grama é sucedida por uma camada de
cerca de 60 cm de terra (com alto teor de areia) ou topsoil (mistura de
areia e matéria orgânica). Essa camada permite o desenvolvimento da
grama e o bom escoamento da água. Abaixo dela, há uma camada de areia
grossa com cerca de 30 cm e uma camada de brita (com mais de 0,5 m) onde
são abertas valas e são enterrados os tubos drenantes perfurados,
dispostos como "espinha de peixe". A tubulação pode ter, em média, 4" a
8" de espessura, e o caimento conduz a água dos ramais secundários para o
primário. A vala costuma ser envolvida com uma manta sintética
geotêxtil para auxiliar na filtragem e evitar o entupimento dos tubos.
As espessuras das camadas podem variar e o escoamento final no estádio
pode ser destinado a uma galeria pluvial.
Manutenção
O
bom desempenho da drenagem depende, entre outros fatores, da aeração -
uma prática de manutenção que beneficia o gramado. A aeração é feita com
máquinas ou ferramentas que perfuram o solo e o mantém descompactado,
permitindo a boa condutividade de água da camada inferior à grama.
Colaboração: Artur Jorge de Melo, engenheiro-agrônomo, projetista e consultor em gramados esportivos
Há quatro tipos de poda da videira: implantação, formação, frutificação
e renovação, realizadas em função da idade da videira.
Poda
de implantação: efetuada na muda, antes do plantio. Consiste no
encurtamento das raízes que se quebraram durante o transporte e na
poda do enxerto a duas ou três gemas. As mudas importadas e de alguns
viveiristas nacionais apresentam o enxerto protegido por uma camada
de cera e geralmente são plantadas sem podar a parte aérea.
Poda
de formação: tem por finalidade dar a forma adequada à planta,
de acordo com o sistema de sustentação adotado.
Desde o plantio da muda ou da enxertia é importante
que ocorra um bom desenvolvimento da área foliar e, conseqüentemente,
do sistema radicular. Por isso, toda a vegetação da planta deve ser
mantida em boas condições.
A formação da planta deve ser bem planejada e posta
em prática no início da brotação. Na Serra Gaúcha, adotam-se os seguintes
procedimentos: o broto de maior vigor do enxerto ou da muda (Fig.
2A) é conduzido mediante sucessivas amarrações junto ao tutor (Fig.
2B); quando esse broto alcançar a estrutura da latada ou o primeiro
fio da espaldeira, será despontado cerca de 10 cm abaixo desta (Fig.
2C), para eliminar a dominância apical e estimular a brotação e o
desenvolvimento das feminelas; os brotos das últimas duas feminelas
são conduzidos no arame, mediante amarrações no sentido da linha de
plantio, um para cada lado (Fig. 2D). Esses brotos serão os futuros
braços da videira. Caso eles tiverem o vigor suficiente, poderão ser
novamente despontados. Nos sistemas em que se adotar a condução em
um braço, o ramo principal não será despontado, devendo ser conduzido
junto ao tutor e quando alcançar o primeiro fio da estrutura será
desviado e conduzido no sentido desejado. O mesmo poderá ser despontado
quando alcançar a videira seguinte.
A poda de formação consiste em podar os futuros braços
das videiras deixando no máximo seis gemas (Fig. 2E). As mudas que
não foram despontadas, mas que apresentam vigor suficiente, são podadas
na altura da estrutura de sustentação. As mudas fracas devem ser podadas
a duas gemas. É importante manter uniformidade no desenvolvimento
das mudas, pois videiras com diferentes idades dificultam o manejo
e os tratos culturais do vinhedo.
Normalmente, a poda de formação é concluída até o terceiro
ano. A poda de formação adequada proporciona maior facilidade para
a realização da poda de frutificação.
Fig.
2. Poda de formação: A - enxerto ou muda; B - condução
da muda; C - desponta; D - condução das feminelas; E - poda seca.
(Desenhos: Adriano Mazzarolo)
Poda
de frutificação: A poda de frutificação, também chamada de poda
de produção, tem por objetivo preparar a videira para a produção da
próxima safra. Deve ser feita através da eliminação de sarmentos mal
localizados ou fracos e de ladrões, a fim de que permaneçam na planta
somente as varas e/ou esporões desejados. A carga de gemas do vinhedo
deve ser adequada à maximização da produtividade e da qualidade de uva,
sem comprometer as produções dos anos seguintes.
Nas videiras espaçadas de 2,5 m x 1,5 m, conduzidas em
latada e com poda mista, pode-se deixar, em cada braço, três varas com
6 a 7 gemas cada uma e até 6 esporões com duas gemas cada um (Fig. 3A).
Isso resulta de 60 a 66 gemas/planta. As varas devem estar distanciadas
entre si cerca de 50 cm. Portanto, nos 75 cm de cada braço permanecem
duas varas num sentido e uma no sentido oposto. Os esporões devem ficar
bem distribuídos ao longo de cada braço. As sucessivas podas de frutificação
consistem em eliminar as varas que já produziram e substituí-las por
outras originadas dos esporões (Fig. 3B). Das duas brotações dos esporões
(Fig. 3C) seleciona-se, na próxima poda, a mais afastada do braço para
ser a futura vara (Fig. 3D) e a mais basal para ser o esporão (Fig.
3E). Desta forma, a carga básica é de 6 varas e 12 esporões por videira.
Fig.
3. Poda de frutificação: A - planta antes da poda, mostrando
os sarmentos originados dos esporões e varas deixados no ano anterior;
B - planta mostrando as varas e os esporões deixados após a poda;
C - brotação das duas gemas do esporão; D - detalhe indicando
a posição dos cortes na poda mista de inverno; E - detalhe mostrando
a vara e o esporão após a poda. (Desenhos: Adriano
Mazzarolo)
Nas videiras conduzidas em espaldeira pode-se adotar a poda
tipo Guyot (vara e esporão) seguindo, basicamente, o que foi descrito
para a latada ou o cordão esporonado (somente esporões). Nesse caso,
os esporões devem ficar distanciados cerca de 20 cm entre si.
Nas videiras conduzidas em Y, pode-se adotar a poda
mista, conforme descrito para a latada, ou o cordão esporonado, sendo
a vegetação distribuída nos dois planos de sustentação. Geralmente,
as varas apresentam menor número de gemas do que no sistema latada.
Poda
de renovação: a poda de renovação consiste em eliminar as partes
da planta, principalmente braços e cordões, que se encontram com pouca
vitalidade devido a acidentes climáticos, danos mecânicos, doenças
ou pragas, e substituí-los por sarmentos mais jovens. É utilizada,
também, para rebaixar partes da planta que se elevaram em demasia
em relação ao aramado, bem como às partes que devido a sucessivas
podas se distanciaram dos braços ou cordões.
Para a renovação de toda a copa, utiliza-se a brotação
de uma gema latente do tronco (ladrão) bem localizada e a partir dela
se reconstitui a planta. Essa prática é pouco utilizada sendo preferível
a substituição da videira.
Denomina-se poda verde as operações efetuadas durante o período
vegetativo da videira. Desde que efetuada com cautela e na época oportuna,
poderá melhorar as condições do microclima dos vinhedos, possibilitando,
com isso, a diminuição de doenças fúngicas, maior eficiência nos tratamentos
fitossanitários e colheitas mais equilibradas. Entretanto, seus efeitos
serão prejudiciais se realizada fora da época ou de forma abusiva, pois
se estará reduzindo a capacidade fotossintética da videira.
O manejo do dossel vegetativo é efetuado com o objetivo
de complementar a poda seca da videira e de melhorar o equilíbrio entre
a vegetação e os órgãos de produção. No manejo do dossel, a poda verde
é uma de suas principais atividades.
Os objetivos gerais da poda verde na videira são: 1) direcionar
o crescimento vegetativo para as partes que formarão o tronco e os braços;
2) diminuir os estragos causados pelo vento; e 3) abrir o dossel vegetativo
de maneira a expor as folhas mais favoravelmente à luz e ao ar.
As principais modalidades de poda verde, realizada nas videiras
destinadas à elaboração de vinhos finos, são a remoção de gemas, a desbrota,
a desponta e a desfolha.
Consiste na eliminação das gemas antes da brotação. Ela pode ser
praticada tanto na poda de formação quanto na de frutificação. Na poda
de formação são eliminadas as gemas que estão localizadas abaixo do fio
de sustentação bem como as gemas localizadas no lado de baixo dos futuros
cordões. A remoção de gemas da parte inferior do tronco de uma planta
jovem é realizada com o intuito de concentrar o crescimento em um ou mais
ramos situados na parte superior, os quais formarão os braços da videira.
Na poda de frutificação, principalmente nas cultivares que
possuem entrenós curtos ou com vegetação muito fechada, pode-se podar
as varas com maior número de gemas e após eliminar as excedentes, visando
melhorar a distribuição da futura vegetação.
A desbrota consiste em suprimir os brotos herbáceos que se desenvolvem
no tronco e nos braços e os ladrões que se desenvolvem no porta-enxerto
(esladroamento).
Essas práticas têm como principais objetivos: eliminar órgãos
frutíferos ou não; reduzir os riscos de infecção do míldio; reduzir os
riscos da fitotoxicidade de herbicidas sistêmicos; preparar as operações
da poda seca, de maneira a reduzir o tempo para a execução dessa prática;
auxiliar no estabelecimento das plantas como complemento da formação de
inverno, além de melhorar a distribuição e o desenvolvimento dos ramos
não eliminados.
A remoção dos brotos deve ser executada no início da brotação,
brotos com até 15 a 20 cm, em uma ou mais vezes se necessário. Quanto
mais cedo for realizada a desbrota melhor a cicatrização das lesões.
Não devem ser eliminados os brotos inférteis que sirvam
para renovar ramos comprometidos ou ocupar espaços vazios no vinhedo.
A eliminação dos netos da região do cacho será útil em videiras
vigorosas para o melhor arejamento dos cachos, redução do excessivo sombreamento
e facilidade de penetração dos tratamentos fitossanitários.
A desfolha consiste na eliminação de folhas da videira, principalmente
as situadas próximas aos cachos.
Essa prática tem como principais objetivos: aumentar a temperatura,
a radiação solar e a aeração na região dos cachos; melhorar a coloração
e a maturação das bagas; reduzir a incidência das podridões do cacho;
favorecer o acesso aos cachos das pulverização tardias contra as podridões
da uva.
A desfolha, da mesma forma que a desponta, deve ser feita
com cuidado, pois se for inadequada pode comprometer a atividade fotossintética
da planta. Deve ser feita durante o pegamento do fruto se os objetivos
forem melhorar as condições para a maturação da uva e diminuir as condições
de incidência das podridões. Mas se o objetivo for acelerar a maturação,
ela deve ser feita poucos dias antes da colheita da uva. Convém salientar
que em qualquer caso deve-se eliminar somente as folhas mais velhas, para
não comprometer o fornecimento de nutrientes para o cacho.
Cultivares que apresentam folhas pequenas, recortadas, têm
menor necessidade de desfolha, assim como as que apresentam bagas sensíveis
à radiação solar direta.
Para as condições meteorológicas do estado do Rio Grande
do Sul, nas espaldeiras com orientação Leste-Oeste, sugere-se preservar
as folhas do lado Norte e atuar com mais intensidade nas do lado Sul;
no caso das fileiras com orientação Norte-Sul, é melhor desfolhar no lado
Leste, pois pela manhã o sol e as temperaturas são mais amenas que a tarde
(lado Oeste).
A desponta consiste na eliminação de uma parte da extremidade do
ramo em crescimento e tem os seguintes efeitos:
Efeito
fisiológico - diminuir a incidência do desavinho em cultivares
susceptíveis a este distúrbio fisiológico, quando realizada no início
da floração;
Efeito
prático - facilitar a penetração de produtos fitossanitários,
o que não seria tão facilmente realizado com uma vegetação densa;
Efeito
sobre o microclima dos cachos - melhorar as condições de luminosidade
e de aeração através da redução da sombra;
Efeito
sobre a sensibilidade às doenças - eliminação de órgãos jovens
susceptíveis à infecção de doenças, especialmente o míldio;
Efeito
sobre a morfologia da planta - manter um porte ereto dos ramos
no vinhedo conduzido em espaldeira, antes que adquiram uma posição
em direção ao solo.
A desponta pode ser feita mais de uma vez, se necessário. Realizada
muito cedo, ela pode estimular o desenvolvimento das feminelas aumentando
o efeito da competição por nutrientes e o sombreamento na região do cacho;
praticada muito tarde, não apresenta efeito sobre o pegamento do fruto.
A intensidade da desponta não deve ser muito severa, pois
pode causar um importante efeito depressivo na videira. De um modo geral,
recomenda-se suprimir em torno de 15 cm do ramo. Devem ser deixadas, no
mínimo, de 6 a 7 folhas acima do último cacho. O ideal é que permaneça
1,20 m de vegetação acima dos cachos. Supressões mais severas, ou seja,
de 30 cm a 60 cm, podem causar os problemas acima mencionados.
Nas cultivares muito sujeitas às queimaduras das bagas pelos
raios solares, a desponta, provocando a brotação das feminelas, pode proporcionar
proteção aos cachos.
É uma operação indispensável para a condução da videira. O objetivo
geral, além de manter a arquitetura do sistema de condução, é reorientar
os brotos, através de amarrações, para a correta ocupação dos espaços
do dossel vegetativo e com isso uniformizar as condições microclimáticas
da planta. São utilizadas tiras plásticas flexíveis para a fixação dos
brotos junto ao aramado. O uso de máquinas para a amarração (alceador)
agiliza essa atividade.
Cerca de 50% da produção
mundial de laranja e 80% da brasileira resultam em sucos
industrializados. O principal comprador da bebida brasileira é a União
Européia que aumenta significativamente o percentual de importação
anualmente. A maior parte das importações mundiais, 85%, é absorvida por
apenas três mercados: Estados Unidos, União Europeia e Canadá.
Da
laranja, além do suco, são extraídos óleos essenciais e líquidos
aromáticos. O bagaço de citros, com alto teor energético, é um
subproduto industrial de expressivo valor econômico, para alimentação
animal, sobretudo para ruminantes e, em especial, a vaca de leite.
Setor altamente organizado e competitivo, a citricultura é uma
das mais destacadas agroindústrias brasileira. Responsável por 60% da
produção mundial de suco de laranja, o Brasil é também o campeão de
exportações do produto.
O cultivo de laranja no Brasil se
dividide em dois períodos distintos. O primeiro, de 1990 a 1999, se
caracteriza pelo aumento da produção e conquista da posição de líder do
setor. O segundo, a partir de 1999, é o período de consolidação da
capacidade e desempenho produtivo. São colhidas, anualmente no País,
mais de 18 milhões de toneladas de laranja ou cerca de 30% da safra
mundial da fruta.
Ibama apreende mais de 7 toneladas de barbatanas de tubarão pescadas ilegalmente, no Pará
Belém
(04/05/2012) - O Ibama apreendeu 7,7 toneladas de barbatanas de tubarão
– a maior apreensão do produto já realizada no país – numa empresa de
beneficiamento e exportação de pescado, nesta sexta-feira (04/05), no
Distrito Industrial de Tapanã, em Belém, no Pará.
A
exportadora, que enviaria as barbatanas para a China, foi embargada e
multada em R$ 2,7 milhões por fazer funcionar atividade utilizadora de
recursos ambientais em desacordo com as normas legais, beneficiar as
barbatanas de tubarão sem comprovar sua origem legal e dificultar a fiscalização do órgão ambiental.
Diversas vezes autuada pelo Ibama, com passivo de mais de R$ 1 milhão
em multas desde 2007, a empresa vinha operando como se comercializasse
apenas bexigas natatórias desidratadas, um subproduto legal da pesca.
Ao vistoriar a empresa na manhã de hoje, porém, os fiscais
encontraram em uma câmara escondida as toneladas de barbatanas
ilegais."As barbatanas obtidas por meio da pesca predatória também eram
negociadas para o exterior e enviadas em meio à carga legal de bexigas",
explica o chefe da Divisão de Fauna e Pesca do Ibama no Pará, Leandro
Aranha.
Como a exportadora não possuía os mapas de bordo dos barcos que
pescaram os tubarões, cujas barbatanas estocava, e documentos que
comprovassem a venda das carcaças dos animais, o Ibama acredita que
houve a prática do finning nas capturas. “Essa prática, além de cruel,
está levando algumas espécies de tubarão, como o galha-branca, à
extinção", afirma Aranha.
Proibida por uma portaria do Ibama, o finning ocorre quando o
pescador corta apenas as barbatanas e descarta a carcaça do tubarão no
mar. Muitas vezes o animal resiste à amputação e é jogado ainda vivo na
água, mas não sobrevive. Pescadores praticam o finning por motivos
econômicos, já que transportar um barco cheio de barbatanas, produto
muito valorizado no mercado internacional, é mais lucrativo que ocupá-lo
com o tubarão inteiro.
Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA
Vídeo é uma homenagem da BASF ao agricultor brasileiro. Com dados
tangíveis e comparações didáticas, mostra a evolução da produtividade,
destacando a vocação do Brasil para a produção agrícola. Brasil pode
ajudar a alimentar o mundo e ao mesmo tempo preservar suas florestas.